“Eu achei que estava na vanguarda. Tive dois filhos, consegui entender minha sexualidade, aceita-la, vive-la, ter conseguido ser muito feliz, criei meus filhos sem preconceito – até quando eu contei para os meus filhos, eles viraram para mim e disseram que já sabiam. Até que me deparei com o fato de que minha filha está com problema na escola exatamente por ter um pensamento muito mais plural que eu o meu. Ela tem essa percepção de que existe uma ideia de identidade de gênero, que não é só a sexualidade, enfim, ela começou a me ensinar coisas. O que ela quis de aniversário foi contribuir para o financiamento da conferência – e, por conta de todas as minhas atribuições como mãe, e mais o trabalho etc., só pude vir com ela hoje [domingo, último dia]. Estou feliz como mãe, como mulher lésbica, como ser humano, porque vi aqui vocês falando tudo o que ela me fala em casa, e eu achei isso lindo. E o meu sonho para a próxima é que eu possa vir com ela todos os dias. O que eu vi aqui foi uma das coisas mais bonita, acho que minha filha vai levar isso para a vida. Estou muito feliz.”